Por Márcio de Freitas*
O Banco Central prepara uma série de regulamentações para aplicação da nova lei cambial, sancionada no final de dezembro. O objetivo é impulsionar ainda mais as transações comerciais com o exterior, facilitando a ação de setores voltados à exportação e importação. Na prática, propiciará maior abertura da economia brasileira, com a criação de novas oportunidades de negócios para pequenas e médias empresas. É uma fase posterior ao BC tomar medidas visando o mercado interno, como o Pix, que bancarizou milhões de pessoas e ampliou o sistema financeiro de forma inclusiva socialmente. O próprio modelo do Pix poderá ser usado nas operações em moeda estrangeira, com maior rapidez nas transações com outros países.
Crédito
As possibilidades de receita de exportação para obtenção de crédito no exterior abrem também uma maior concorrência com o sistema creditício nacional. O spread bancário entra na mira da autoridade monetária com a concorrência internacional. Ainda aproveitando o momento de extrema liquidez mundial para oferecer dinheiro mais barato (mas com risco cambial) ao empreendedor.
Remessa nunca mais
Empresas especializadas na remessa de recursos para o exterior, que brasileiros usavam para despesas de filhos estudantes ou adquirir imóveis fora do país, devem sumir do mapa com as mudanças do BC, ou se adaptar à nova realidade sem as comissões pelas operações cambiais.
Eventos e o vírus
O crescimento vertiginoso da variante ômicron atrapalhou a recuperação dos eventos no país. O carnaval já foi afetado pelo cancelamento em vários estados. Antes disso, o avanço da vacinação permitiu a diversos setores começarem a retomar as atividades presenciais. Levantamento da startup Even3 apontou que seminários, congressos, shows e demais cerimônias presenciais tiveram um crescimento de aproximadamente 1.800% no comparativo entre janeiro e novembro de 2021.
Mais de 1.800%
“Os eventos presenciais, que chegaram a ficar completamente proibidos, logicamente tiveram o salto mais expressivo. Em maio, o crescimento em relação a janeiro já era de cerca de 370%. Em novembro, ainda no comparativo com janeiro, atingiu os 1.822%, com mais de cinco mil eventos presenciais realizados no mês”, comenta Leandro Reinaux, CEO da Even3.
Refluxo
Com a nova variante, os eventos online continuarão sendo tendência mais segura. Entre o mês de janeiro e de novembro de 21, a modalidade online cresceu quase 350%. O setor de eventos, que movimenta 13% do PIB brasileiro, deixou de faturar ao menos R$90 bilhões durante a pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), a paralisação das atividades também gerou perda de arrecadação de R$4,6 bilhões em impostos federais e mais de 450 mil profissionais ficaram desempregados.
Innovation
O maior evento de Inovação e Tecnologia da América Latina: o Rio Innovation Week acontece esta semana entre os dias 13 e 16 de janeiro, no Jockey Club Brasileiro. Mais de 500 palestrantes, 1000 startups e 190 expositores estarão presentes. O evento terá a “Turistech Zone — O Turismo do Futuro”, cujo objetivo é fomentar a indústria de viagens conectando as áreas e profissionais de Turismo e Inovação, além de estimular o investimento em startups que podem apoiar e acelerar a transformação digital desse mercado.
Hurb
Maior plataforma de viagens online do Brasil, o Hurb participa do evento com a palestra “Case Hurb: como inovamos através da tecnologia na venda de viagens e sonhos”, no dia 13, às 18h40, e será ministrada por Lia Coutinho, Head of Commercial da empresa.
Meios de pagamento
Felipe Prado, sócio da área de Mercados Financeiro e de Capitais do BMA Advogados, participa da Rio Innovation Week, evento que discute como a tecnologia e a inovação transformam negócios e sociedade. Prado debaterá na mesa “Os novos meios de pagamentos — falando sobre regulação do BC para novas tecnologias”.