Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 14/12/2021 às 14h43Alterado em: 14/12/2021 às 17h38
Campos Neto: o presidente do BC avaliou que as medidas de liquidez para que os bancos pudessem comprar instrumentos privados livrou o BC da necessidade de atuar por conta própria no mercado (Adriano Machado/Reuters)
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto (BC), argumentou nesta terça-feira, 14, que os bancos centrais e os mercados se prepararam no ano passado para uma depressão econômica que não veio. “Veio uma recessão. Tivemos um conjunto robusto de medidas de enfrentamento à pandemia que foi muito coordenado. Houve um esforço fiscal (global) muito grande de US$ 9 trilhões em cima de um PIB de US$ 84 trilhões em 2020”, afirmou, em debate sobre política monetária realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Ele voltou a alegar que se esperava que a inflação de bens durante a pandemia fosse temporária, com o reequilíbrio com a demanda de serviços a partir da reabertura das economias. “Com a reabertura, esperava-se que a inflação de bens caísse. A demanda por serviços de fato se reequilibrou, mas a demanda por bens mais contínua e mais forte”, destacou.