A diversificação produtiva do polo e a interiorização das indústrias na Amazônia são também o caminho para manter e ampliar vagas de trabalho na região, uma forma de se contrapor à realidade da indústria 4.0, com setores cada vez mais robotizados.
A região é rica na oferta de produtos a explorar. “O buriti, fruta típica da região, além de doce e compota também produz um óleo excepcional para melhoria do processo fabril do plástico”, diz Nascimento, que lamenta que o Brasil exporte o minério de ferro em pelotas em vez de investir na indústria de transformação e exportar o produto já manufaturado em aço, por exemplo.
“Daí a importância e a urgência de mais investimentos em pesquisas para o uso industrial das riquezas da região”, afirma o presidente.
O presidente da Abir afirma que o investimento em pesquisa é retorno certo em desenvolvimento e resultados positivos para o país diante do potencial de biodiversidade da Amazônia. Bicca ressalta, contudo, um dos maiores desafios para quem já está instalado na região e para a atração de novos investimentos: a insegurança jurídica.
“Temos de resolver essa questão de uma vez por todas. Estamos perdendo investimentos com tanta falta de ordenamento jurídico, com tantas mudanças em normas e leis”, afirma.
É a mesma cobrança feita por Nascimento e Fermanian, que aproveitou para acrescentar outro ponto de atenção: a Reforma Tributária em discussão no Congresso tem de ser “simples e justa”, não pode deixar de considerar as distintas realidades nacionais e precisa manter as “especificidades” do Polo Industrial de Manaus.